31.12.07

Balanço

Chegando 2007 ao fim, podemos fazer o balanço musical destes últimos 12 meses.

Depois de em 2006 terem sido lançados grandes discos como First Impressions Of Earth dos The Strokes, Saturday Night Wrist dos deftones, The Hello dos Warren Suicide Carnavas dos Silversun Pickups, Black Holes and Revelations dos Muse ou ainda Sam's Town dos The Killers, estava gerada muita expectativa em torno de 2007. E essa expectativa não saiu gorada.

Desde o Rock até à música electrónica, praticamente todos os géneros musicais foram agraciados com excelentes trabalhos de músicos cada vez mais proeminentes. Faço então uma lista de todos os trabalhos essenciais (para mim) deste ano, sem ordem específica.


LCD SoundSytem - Sound Of Silver


(electronica, dance)

Melhores músicas: Someone Great; All My Friends; Sound Of Silver

Espectacular trabalho de James Murphy que regressa em grande estilo, depois do disco de estreia homónimo. Ao combinar de forma bastante agradável (e surpreendente) guitarras com sintetizadores, Sound Of Silver cria todo um Universo de sensações e estímulos aos nossos sentidos. Um dos melhores discos alguma vez produzidos do seu género; este é daqueles que entrarão para a História, sem dúvida alguma.

Arcade Fire - Neon Bible

(alternativa, indie rock)

Melhores músicas: Black Mirror; The Well And The Lighthouse; Neon Bible

Já havia referido este disco, e não é por acaso. Neon Bible transporta-nos para um mundo novo onde nos sentimos pequenos com a magnitude da sua beleza. Sentimos que todas as notas são tocadas especificamente para nos fazerem sentir algo, e provavelmente é verdade. Uma grande obra por parte de um dos melhores grupos de compositores dos últimos anos.

Queens Of The Stone Age - Era Vulgaris

(hard rock, indie rock, desert rock)

Melhores músicas: Sick, Sick, Sick; Suture Up Your Future; River In The Road

Sem dúvida alguma, a surpresa do ano. Por duas razões: primeiro, porque sendo esta a minha banda preferida, não estava mesmo nada à espera que lançassem um disco este ano. Segundo, porque é dos melhores discos deles. Os últimos cowboys do rock (como lhes chamam) regressam triunfalmente com um trabalho em que pretendem relatar a mediocridade da era em que vivemos. Conseguem-no admiravelmente, sobretudo em faixas como Sick, Sick, Sick, I'm Designer e 3's & 7's. Este disco não vem alterar muito o rock que se faz por esse mundo de guitarras e casacos de cabedal fora mas vem recordar porque olhamos para eles com admiração. Por outro lado, este disco apanha todas as fases da sua carreira. Temos desert rock ao estilo do disco de estreia homónimo em River In The Road e Misfit Love; indie e rock acelerado como no Rated R em Suture Up Your Future e Batery Acid; rock puro e duro como em Songs For The Deaf (um dos melhores discos de sempre, a sua 'magnum opus' e um dos meus preferidos) em Sick, Sick, Sick e 3's & 7's e temos o rock melódico e alternativo de Lullabies To Parazyle bem presente em músicas como Into The Hollow e Make It Wit Chu. Por todas estas razões, afirmo sem rodeios que estamos perante um daqueles discos que, embora não alterem o seu género, ficam gravados na memória das pessoas como um dos grandes, porque o é.

Justice - †

(electroclash, electro house, dance)

Melhores músicas: todo ele

Há uma razão para eu não especificar quais as melhores músicas deste disco. Simplesmente, porque não as há. Fantástico disco de estreia por parte deste duo francês, que segue as pisadas de outro. Estarão finalmente encontrados os sucessores dos senhores robóticos? Não que isso interesse muito, porque aconselho (obrigo, mesmo) a largar tudo o que se tem nas mãos e ouvir imediatamente este álbum. Façam o download, comprem-no, não interessa. O que interessa é que o ouçam. Mesmo.

Bloc Party - A Weekend In The City


(punk, indie rock)

Melhores músicas: Waiting For The 7.18; The Prayer; Hunting For Witches

Incluo-o porque estou indeciso, e em caso de dúvida gosto sempre de incluir e não excluir. As razões que ditam a minha indecisão são simples: depois de Silent Alarm que veio mostrar ao mundo que de Inglaterra vem melhor música que muita feita nos Estados Unidos, esperava-se mais. Esperavam-se depressões instantâneas ao som de Like Eating Glass, curadas logo de seguida com as guitarradas e batidas rápidas de Helicopter, ataques psicadélicos como os de She's Hearing Voices e Banquet, baladas como This Modern Love e Blue Light. Quer dizer, não se esperava um disco igual ao anterior, bem entendido. Mas esperava-se algo com a MESMA qualidade. A Weekend In The City não a tem, sejamos honestos. Mas tem alguma, e por isso, e por respeito também à banda de Essex, tenho que o referir. Por outro lado, depois de os ver tocar ao vivo por duas vezes este ano, no Coliseu dos Recreios e no Super Bock Super Rock, há alguma obrigatoriedade de os referir. Estão referidos; agora quer-se é que o próximo álbum seja melhor. Cá o esperaremos.

Clap Your Hands Say Yeah! - Some Loud Thunder

(alternativa, indie rock)

Melhores músicas: Goodbye To The Mother & Cover; Satan Said Dance; Some Loud Thunder

Para quem conhece a história destes rapazes, que enviavam por correio os seus próprios discos antes de ganharem alguma notoriedade, parece estranho que assim se passasse. Esta banda da Costa Leste dos Estados Unidos tem qualidade, muita mesmo. O seu regresso com Some Loud Thunder, depois de um disco de estreia homónimo, vem conquistar o seu espaço próprio no universo da música alternativa. Mesmo com a 'concorrência' de Neon Bible, este trabalho aguenta-se com bravura e firmeza: uma interessante abordagem com sonoridades muito próprias. Desde a batida electrizante que nos faz dançar de Satan Said Dance às guitarras ásperas em Some Loud Thunder (a música), passando pela canção de amor em Emily Jean Stock para a mulher do vocalista à melancolia de Goodbye To The Mother & Cover, este é um daqueles que não engana. Não é propriamente um disco alegre; mas um bom disco para ouvir quando se está com a cabeça cheia e se quer descansar.

Klaxons - Myths Of The Near Future

(new rave, indie, dance punk)

Melhores músicas: It's Not Over Yet; Isle Of Her; Gravity's Rainbow

Bem, o que dizer destes britânicos? O seu toque de irreverência (e impertinência) ao criarem uma sonoridade que tanto se pode dançar como propicia o início de mosh em concerto veio dar um pontapé nos paradigmas que tínhamos. Uma banda na sua estreia tinha sempre uns bons singles, uma ou duas músicas que ficariam como hinos da sua carreira; uma boa banda criava músicas que toda uma geração se lembraria daqui a largos anos numa qualquer festa em que passassem. E depois há os Klaxons. Uma estreia fantástica e que nos faz esperar por mais. Só para terem uma noção do quanto representa este disco, digo apenas que ganhou o prestigiado Mercury Prize, um prémio para o melhor disco britânico do ano, batendo concorrentes como Arctic Monkeys e Amy Winehouse.

LCD SoundSytem - 45:33


Bom, tecnicamente não devia incluir este disco aqui. Primeiro, porque não é de 2007; foi re-editado em 2007, depois de originalmente ter chegado ao público via download na iStore em 2006. Incluo-o por duas razões: primeiro porque é um bom disco. Segundo, porque me chegou às mãos em 2007, após a sua re-edição. James Murphy criou com 45:33, para além de uma música que dura (curiosamente) 45 minutos e 58 segundos (sendo 45:33 a duração do disco Alive 1997 dos Daft Punk; uma pequena homenagem), uma obra ao estilo de E2-E4 (da autoria de Manuel Göttsching), um disco que alterou a percepção da música electrónica, lançado no ano precoce de 1984. Uma obra pioneira para elogiar outra obra pioneira e de referência. De escutar com atenção as primeiras seis faixas que compõem a própria música 45:33 que inclui as samples usadas mais tarde em Someone Great e ainda Hippie Priest Bum-Out, uma interessante incursão pelos meandros do trance. Está ainda presente um mix (Onastic Dub Remix) da North American Scum, versão que foi incluída no CD desse mesmo single e que a tranforma completamente. E na minha opinião, traz-lhe grande valor acrescentado.

Queria ainda referir Sawdust dos The Killers. Um disco com b-sides de Sam's Town, raridades e algumas músicas novas (como a fantástica Tranquilize, que conta com a participação do histórico Lou Reed). Embora não um grande disco, um disco engraçado que vale a pena escutar com atenção.

Findo esta lista com um mea culpa: sei que não falei de Favourite Worst Nightmare dos Arctic Monkeys nem falei de Whatever People Say I Am, That's What I'm Not dos discos de referência de 2006. Isto acontece porque simplesmente nunca ouvi esses discos. Eu sei que parece uma falha grave (e sei que é) mas não o fiz (ainda) porque gosto de conhecer poucas bandas novas por ano. E este ano descobri muita coisa nova. Ficará para o ano.

Quero também referir aquele que, para mim, foi o grande momento musical do ano:



LCD SoundSystem - Yeah (Crass Version) tocada ao vivo no Festival Super Bock Super Rock dia 4 de Julho de 2007. Um orgasmo sensorial; penso que isto chega para descrever a loucura que se instalou no Parque do Tejo nessa noite.

Os grandes concertos a que assisti este ano:

LCD SoundSystem no SBSR em Julho;
Bloc Party no Coliseu dos Recreios em Maio e no SBSR em Julho;
The Gift na Queima das Fitas de Coimbra em Maio;
The Magic Numbers no SBSR em Julho (apesar de não ter estado com muita atenção);
Klaxons no SBSR em Julho e
The Jesus & Mary Chain no SBSR em Julho;
Os grandes concertos que não assisti (e que me lembrarei desta falha durante largos e amargos anos):

Arcade Fire no SBSR em Julho: tinha bilhete (passe de 4 dias) e até estava lá. Tinha acabado de assistir ao concerto dos Bloc Party e a minha boleia ia-se embora. Claro que tinha lá mais amigos mas todos os seus carros estavam cheios e não havia lugar para mim. Como ainda não conhecia Arcade Fire, pensei que não valia a pena da chatice de ter que voltar para casa de maneira desconhecida e por isso fui-me embora. Uma decisão que me arrependi quase imediatamente.

Clap Your Hands Say Yeah! no SBSR em Julho: para minha defesa, para além de ainda não os conhecer, actuaram a meio da tarde no dia de LCD SoundSystem numa altura em que, estando de férias, obviamente acordava a horas impróprias. Tenho pena, mas é uma daquelas coisas.

Arctic Monkeys (penso que em Julho) no Coliseu dos Recreios: mais uma banda que, por não os conhecer, não fui ver o seu concerto. E para adicionar à injúria, tinha um bilhete gratuito e muitos amigos meus foram ver esse concerto e tiveram a amabilidade de me dizer logo que perdi o grande concerto do ano. Enquanto agradeço a sua honestidade e candura, devo referir que o grande concerto do ano foi, sem dúvida, LCD no SBSR. Mas não interessa, foi mais um grande concerto que não vi. Por esta altura já devia ter a lição aprendida, mas não. Claro que não me lembro porque razão não fui ver, mas lembro-me perfeitamente (e persegue-me) que não era uma razão nada de especial. Foi mais uma daquelas coisas. Incorrigível, mas que para o ano se espera melhor atitude pela minha parte perante bandas desconhecidas.

Concluído o balanço deste ano musical, que nos trouxe coisas muito boas, coisas assim assim, coisas más e coisas que podiam (e deviam) ser francamente melhores, penso que podemos olhar com novos olhos (e escutar com novos ouvidos) o que aí vem. Seremos mais exigentes; afinal, este foi um ano de colheitas e qualquer coisa que venha aí tem a responsabilidade acrescida de ser pelo menos tão bom. Eu, pelo menos, sei que estarei mais aberto a novas sonoridades e que este ano há Rock In Rio Lisboa e Super Bock Super Rock. Por eles esperamos.

11.12.07

Razões ou Do Nome dos Príncipes

Há dias perguntaram a razão pela qual eu escolhi este nome para o blog, O Príncipe.

Imediatamente me veio à cabeça a História de Portugal, onde estamos repletos de figuras inspiradoras como D. João II, O Príncipe Perfeito e D. Duarte, O Rei Filósofo ou O Eloquente.

D. Duarte, que teve um curto reinado de 5 anos, fica na História Portuguesa como o filho mais velho de D. João I e que prosseguiu a política expansionista do seu pai para África. Uma das provas disto foi o constante apoio e financiamento ao seu irmão, o Infante D. Henrique, de forma a que Portugal pudesse continuar na senda de conquistas em África, como a de Ceuta em 14 de Agosto de 1415. Como membro da Ínclita Geração (os filhos de D. João I), tinha uma natureza filosófica. Escreveu tratados de assuntos tão díspares, desde política até montar a cavalo e vários livros de poesia. Coligia, na altura da sua morte, uma revisão do Código Civil de Portugal.

Creio que a melhor descrição deste Rei será a de Fernando Pessoa, na Primeira Parte da Mensagem, Brasão, III. As Quinas:

Primeira / D. Duarte, Rei de Portugal

Meu dever fez-me, como Deus ao mundo.
A regra de ser Rei almou meu ser,
Em dia e letra escrupuloso e fundo.
Firme em minha tristeza, tal vivi.

Cumpri contra o Destino o meu dever.
Inutilmente? Não, porque o cumpri.

Fernando Pessoa, das pessoas mais fascinantes que certamente já viveu, descreve assim como ele julga ter sido a personalidade de D. Duarte: um homem estóico, que se interessava certamente mais por outros assuntos que propriamente governar o Reino; mas, uma vez investido dessa responsabilidade, tomou o manto do Poder sobre os seus ombros e conduziu sabiamente os destinos do País. Morreu novo, da Peste, como os seus pais, mas certamente de consciência tranquila pelo seu dever ter sido cumprido. Note-se a homenagem que Fernando Pessoa lhe presta ao dizer que D. Duarte se manteve firme na tristeza de ser Rei, mas que o fez porque a isso estava fadado por Deus; o próprio Fernando Pessoa em que dentro de si lutavam diferentes personalidades e que certamente sofreria por isso.

D. João II ficou conhecido como o Príncipe Perfeito pela forma como governou: justamente, sempre procurando dar poder ao Povo, retirando-o das mãos da Nobreza. Relançou as políticas de conquistas em África como tinha feito o seu avô D. Duarte e tio-avô o Infante D. Henrique, criando condições para que Portugal se pudesse transformar num dos mais ricos países europeus da época. Revitalizou a economia, concentrou o Poder em si, patrocinou as viagens de espiões para África e Índia e manteve sempre no pensamento a ideia de que existiria um continente no Ocidente. Estas políticas, para além de trazerem um enorme sucesso a Portugal em séculos vindouros pois que se verificaram bem sucedidas, que lhe deram o cognome de Princípe Perfeito são talvez o espelho mais fiel de um príncipe perfeito na acepção de Maquiavel.

Mais uma vez, Fernando Pessoa faz uma descrição fantástica deste Rei em A Mensagem, ainda na Primeira Parte, agora no capítulo V. O Timbre:

Uma Asa do Grifo / D. João o Segundo

Braços cruzados, fita além do mar.
Parece em promontório uma alta serra--
O limite da terra a dominar
O mar que possa haver além da terra.

Seu formidavel vulto solitário
Enche de estar presente o mar e o céu
E parece temer o mundo vário
Que ele abra os braços e lhe rasgue o véu.

Depois destas figuras, vem, então, O Príncipe. Obra de Maquiavel, O Príncipe é um tratado político sobre que tipos de Principados (regimes) existiam na altura (c. 1510) e da forma como tomar o Poder neles e mantê-lo. Descreve ainda que tipos de Príncipes (governantes e formas de governo) e as políticas que estes podem prosseguir para evitar que os seus súbditos se virem contra si.

É uma obra fantástica que ainda hoje é aplicável. Li-a há uns anos e releio-a agora, de forma a condensar conhecimentos. Existe uma versão anotada por Napoleão Bonaparte que possuo e que mostra-nos como influenciou a visão do Imperador Francês e os seus planos para a conquista da Europa. Recomendo-a a todos os que querem e precisam de uma fonte segura de conselhos sobre liderança, estratégia política e governação.

Perante todas estas influências que tenho, quer como património histórico quer como cultural, julgo que esteja explicada a razão pela qual me chamo O Príncipe.

É pela aspiração a ser melhor, a superar-me, a instigar o conhecimento e o crescimento, a liderar e a saber o que é esperado de mim que reconheço que para mim está destinado o manto do Poder e que a seu tempo será a minha vez de o usar. Quando isso acontecer, espero estar à altura dos meus ilustres antepassados e saber tomar o Poder da mesma forma que eles o fizeram: atento e de forma estóica para evitar a corrupção, mas ao mesmo tempo com justiça e sapiência.

3.12.07

O fim do Medo, o início da Esperança

Rejeitaram, sabiamente, os Venezuelanos, em referendo, a proposta de Chávez para a reforma constitucional daquele país sul-americano, que contemplava o fim dos limites aos mandatos presidenciais (que permitiria a Chávez eternizar-se no Poder), a redução da idade de voto de 18 para 16 (uma irresponsabilidade total; se uma pessoa com 16 não tem a maturidade para muitas coisas, porque há de a ter para votar?), entre outras coisas.

Sem estar a tergiversar acerca das cores políticas de cada um e, neste caso, sobre o Presidente venezuelano, a vitória do Não é um raio de Esperança a Democracia naquele país, onde se calam repórteres e televisões inteiras impunemente perante o silêncio da comunidade internacional. Parece que o petróleo da Venezuela continua a ser muito importante.

Se o resto do mundo se cala perante o que se passa na Venezuela, não o fizeram os homens e mulheres que saíram às ruas para festejar, sem medo, a vitória da Liberdade e da Democracia sobre a ignomínia, a repressão e o autoritarismo.

Foi bonito ver, antes do referendo, as multidões concentradas em Caracas no comício de encerramento do Movimento de apoio ao Não, liderada por estudantes e repórteres. Como diz este senhor, estas pessoas são as que estão na vanguarda da Liberdade e Democracia.

Tal como em Portugal, dia 25 de Abril de 1974, tal como na Venezuela, dia 2 de Dezembro de 2007. Pena que haja pessoas e partidos que neguem as evidências.

Mudando de tópico, mas continuando na política:

Um amigo meu criou um blog que servirá de observatório às Presidenciais dos EUA de 2008. Numa fase inicial, "observará" as primárias de ambos os Partidos (Republicano e Democrata). Este observatório, da JS, trará um lugar de debate e de reflexão; é demagogia dizer que estas eleições não nos afectam e importam directamente, tal como é demagogia fazer inferências acerca da mentalidade dos Americanos nos seus sentidos de voto partindo das preferências e tendências europeias e do resto do mundo.

Tentarei participar regularmente no debate que ali se fará, ao mesmo tempo que pugnarei pela imparcialidade.

Sei que não tenho escrito aqui nada; o último post já foi há quase um mês. A verdade é que tenho tido testes e trabalhos e outros compromissos que não tenho tempo para quase nada. Mas prometo que a partir de agora vou ser mais regular.